O CONDUTOR DE BIGAS

Ao longo de mais de 40 anos de carreira no século II d.C, um homem acumulou uma fortuna de 35,863,120 sestércios que em valores atuais aproximados equivaleria algo em torno de 15 bilhões de dólares.

Quem descobriu esse fenômeno das corridas do Circus Maximus, o maior hipódromo de Roma, foi Peter Struck, historiador da Universidade da Pensilvânia, em uma enorme inscrição.

Este homem era Diocles que nasceu na província da Lusitânia, atual Portugal e norte da Espanha, e iniciou sua carreira como condutor de bigas em 122 d.C, quando tinha 18 anos.
Assim como na Formula 1, havia em Roma equipes que criavam os cavalos de corrida, compravam os equipamentos, patrocinavam os condutores e tentavam atrair os melhores para as suas equipes. Quem financiava essas equipes era a elite romana, que, através desse patrocínio, pretendiam angariar o apoio político da plebe, que era apaixonada por esse esporte. A famosa política conhecida como Panem et Circenses, ou “Pão e Circo” Nas corridas do Circus Maximus de Roma haviam quatro equipes: os Vermelhos, os Verdes, os Azuis e os Brancos.

Diocles ganhou sua primeira corrida dois anos depois de sua estréia com os Brancos. Quatro anos depois, ele mudou de equipe por um curto período e foi correr com os rivais, os Verdes. Mas a maior parte de sua carreira e onde ele conseguiu maior parte de suas vitórias foi com os Vermelhos. Foi onde ele se aposentou depois de uma carreira que durou 42 anos, 7 meses e 23 dias.
Nessa longa carreira Diocles correu 4.257 vezes, chegando em primeiro lugar em 1.462 corridas e chegando em segundo 861 vezes. Uma boa média. Com essas vitórias que ele atingiu a gigantesca soma de prêmios que mencionamos acima e que poderia ter armado e sustentado todo as legiões romanas por dois meses!

 (FONTE SGN)
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