Momentos - Os caminhos dos padrões monetário nacional

RÉIS – Sua origem é o real português, importado na época do Brasil-Colônia e que começou a valer como dinheiro no País a partir de 1614. Passou por várias desvalorizações e modificações até ser substituído pelo cruzeiro em 1942. Esta nota de mil réis apresenta a efígie do imperador D. Pedro II.

CRUZEIRO – Substituiu os réis em 1942. Esta nota de C$ 10.000 com a efígie de Santos Dumont e começou a circular em 1966. O presidente era Getúlio Vargas.

CRUZEIRO NOVO – Criado em fevereiro de 1967 como padrão temporário até a fabricação de novas cédulas. As notas antigas de cruzeiro foram carimbadas com a denominação CRUZEIRO NOVO. Estes 10 cruzeiros antigos viraram NC$ 0,01 (um centavo). O presidente do País era o general Humberto Castello Branco.

CRUZEIRO NOVO – Cédula de NC$ 1,00 (mil cruzeiros antigos) com a efígie de Pedro Álvares Cabral.

CRUZEIRO NOVO – Cruzeiro – Santos Dumont está de volta. Seus 10 mil cruzeiros passaram a valer NC$ 10,00.

CRUZEIRO - Em maio de 1970 volta a denominação cruzeiro. A nota de Cr$ 1,00 mostra a efígie simbólica da República. Estamos em plena ditadura militar, o presidente do País é o general Emílio Garrastazu Médici.

CRUZEIRO - O marechal Floriano Peixoto estrelava a cédula de Cr$ 100,00.

CRUZEIRO - A inflação já assombrava os brasileiros. Esta nota de Cr$ 1.000,00 estampava o rosto do Barão do Rio Branco e começou a circular em dezembro de 1978. Estávamos no final do governo do general Ernesto Geisel.

CRUZEIRO - A desvalorização da moeda se acelera. Rui Barbosa estampa a cédula de Cr$10.000,00, emitida a partir de novembro de 1984. É o primeiro ano do último presidente da ditadura militar, o general da cavalaria João Figueiredo.

CRUZEIRO - Com a inflação em alta acelerada, o valor do dinheiro é inversamente proporcional à importância das personalidades presentes nas cédulas. O presidente Juscelino Kubitschek estampa esta nota de Cr$ 100.000,00, que entrou em circulação em outubro de 1985. A Presidência teve uma grande mudança: José Sarney, primeiro civil a governar o País desde 1964, assumiu o cargo após a morte do presidente eleito Tancredo Neves.

CRUZADO - Em janeiro de 1986 o presidente Sarney lança o Plano Cruzado e seu famoso congelamento de preços. Juscelino é reabilitado. Um carimbo na velha nota de 100 mil cruzeiros marca o novo valor, Cz$ 100,00. Ela foi lançada em abril do mesmo ano.

CRUZADO - Um pouco de dignidade à nova moeda. O grande escritor Machado de Assis estampa a cédula de Cz$ 1.000,00 que começou a circular em setembro de 1987.

CRUZADO - Antes da literatura, a música. Em outubro de 1986 uma nota de Cz$ 500,00 com a efígie do compositor Heitor Villa-Lobos entra em circulação.

CRUZADO NOVO - O desespero toma conta do País. Em janeiro de 1989 um novo plano é lançado, o Cruzado II e com ele uma nova moeda, o cruzado novo. A efígie simbólica da República volta ä ribalta nesta nota de NCz$ 200,00, emitida em novembro de 1989, nos estertores do governo Sarney. Sua fisionomia está apreensiva, como o povo brasileiro.

CRUZADO NOVO - Antes da quase hiperinflação sarneysiana a arte estava presente nas cédulas nacionais. O pintor Cândido Portinari estampa a nota de NCz$ 5,00, lançada em janeiro de 1989.

CRUZADO NOVO - Em maio de 1989 entra em circulação uma sorridente Cecília Meirelles, embelezando a nota de NCz$ 100,00.

CRUZEIRO - Presidente novo, moeda nova. Fernando Collor, o caçador de marajás, assume em meio aos caos financeiro e lança de imediato um novo plano econômico, o famigerado Plano Collor, em março de 1990. A poupança do contribuinte é caçada e confiscada. Outra vez o cruzeiro, outra vez a efígie simbólica da República, desta feita na cédula de Cr$ 5.000,00, emitida em abril do mesmo ano.

CRUZEIRO - Cai o presidente Collor, assume o vice Itamar Franco. A inflação é descontrolada. Em janeiro de 1993 chegamos ao absurdo de emitir uma cédula de Cr$ 500.000,00. O crime foi chancelado com a efígie de Mário de Andrade.

CRUZEIRO REAL - É preciso fazer algo com urgência. Em agosto de 1993 a moeda sofre uma mudança preparatória para outro grande plano. O dinheiro não vale nada, as cédulas são confusas. Esta de CR$ 100,00 traz a imagem de um beija-flor alimentado seu filhote no ninho.

CRUZEIRO REAL - Valorizaram o Mário de Andrade. Um carimbo fez a nota de 500 mil cruzeiros virar uma cédula de CR$ 500,00.

CRUZEIRO REAL - Vocês lembram do gaúcho? Emitida em outubro de 1993, valia CR$ 5.000,00.

REAL - Julho de 1994. Estréia o grande Plano Real. A efígie da República está lá outra vez. Com pinta de Mona Lisa, não sabemos se está preocupada ou aliviada. Após dezenas de anos, finalmente o povo brasileiro pode gastar um dinheiro decente. O presidente, note, ainda é Itamar Franco. Fernando Henrique é o ministro da Fazenda.

REAL - FHC presidente, é lançada a mais nova cédula do País, a de R$ 20,00. Incansável, a efígie simbólica da República está novamente presente. Entrou em circulação em junho de 2002.


REAL - Em 2011 começa a empreitada governo da presidente Dilma para implementar no Brasil a nova família do Real. Espera-se que até junho de 2014 todas as cédulas antigas sejam retiradas de circulação.
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